- Você quer completar 17 anos algum dia? então sugiro que solte o meu braço. Ela disse.
- O que você vai fazer com esse canivete?
- Eu vou furar aquele peste se ele começar a cantar.
- O que você vai fazer com esse canivete?
- Eu vou furar aquele peste se ele começar a cantar.
- Téia, implorei, a locadora tá cheia de gente, mais um escândalo seu aqui dentro e o patrão te põe na rua.
Ela se acalmou um pouco.
- O que diabos você está fazendo com um canivete no bolso afinal? perguntei.
- Sou uma pobre moça com muitas jóias.
- Você usa uma corrente de bicicleta no pescoço e chama isso de "jóia"?
Ela se acalmou um pouco.
- O que diabos você está fazendo com um canivete no bolso afinal? perguntei.
- Sou uma pobre moça com muitas jóias.
- Você usa uma corrente de bicicleta no pescoço e chama isso de "jóia"?
O cabeludo do Hawaii começou a cantar, a gente não conhecia a música e a voz do cara era o fim da picada. Algumas pessoas se reuniram ao seu redor. Téia pegou o controle remoto e aumentou o volume da nossa tv, mas o filme em exibição não era muito barulhento.
Um de nós tinha que pedir educadamente pro cabeludo parar de cantar. Sério? educadamente? eu e a Téia? pensamos em empurrar a Juliana até lá, com toda sua boa vontade cristã.
Mas a Ju estava ocupada, a gente corria de um lado para o outro no balcão. Quando "velocidade máxima" finalmente foi devolvido, ele veio parar nas mãos da Juliana.
- O que eu faço o que eu faço? vamos dar o filme pro rapaz e ele irá embora.
- Não! Téia gritou, vou dar o filme para outra pessoa qualquer, me dá ele aqui.
Ela se aproximou de um cara no balcão e perguntou se ele estava esperando pelo filme como muitos outros. O garoto disse que estava ali a pedido do cabeludo, ia pegar o filme para ele quando pintasse no pedaço.
- O filme já chegou? ele quis saber.
- Não! ela quase gritou, mas quando chegar te aviso, ok?
Téia não quis se arriscar, o cabeludo tinha fãs. Ela deixou o filme embaixo do balcão, bem escondido, ninguém o levaria para casa naquela noite.
Educadamente? lá vamos nós. Aletéia foi até o cabeludo para lhe dizer (mentir) que o filme havia chegado: dois amigos haviam trazido a fita, um deles a devolveu e o outro a pegou em seguida (eu odiava quando isso acontecia comigo, passei várias noites tentando pegar "uma cilada para Roger Rabbit", quando meu pai comprou nosso primeiro video, e vez ou outra, alguém fazia esse tipo de coisa).
O cabeludo a viu chegando e abriu um sorriso do tipo "oh, ela veio me ver cantar". Ela lhe contou sobre o filme, ele ficou meio chateado mas não se levantou do chão.
- Ahhhh! ele não vai embora! ela disse, o que vamos fazer? Espera! vou levá-lo até o andar de cima, vou seduzí-lo, vou baixar as calças dele, colocá-lo de quatro no chão e enfiar aquele violão no... aí ele vai ter que ensinar dedilhado pras hemorróidas.
Um de nós tinha que pedir educadamente pro cabeludo parar de cantar. Sério? educadamente? eu e a Téia? pensamos em empurrar a Juliana até lá, com toda sua boa vontade cristã.
Mas a Ju estava ocupada, a gente corria de um lado para o outro no balcão. Quando "velocidade máxima" finalmente foi devolvido, ele veio parar nas mãos da Juliana.
- O que eu faço o que eu faço? vamos dar o filme pro rapaz e ele irá embora.
- Não! Téia gritou, vou dar o filme para outra pessoa qualquer, me dá ele aqui.
Ela se aproximou de um cara no balcão e perguntou se ele estava esperando pelo filme como muitos outros. O garoto disse que estava ali a pedido do cabeludo, ia pegar o filme para ele quando pintasse no pedaço.
- O filme já chegou? ele quis saber.
- Não! ela quase gritou, mas quando chegar te aviso, ok?
Téia não quis se arriscar, o cabeludo tinha fãs. Ela deixou o filme embaixo do balcão, bem escondido, ninguém o levaria para casa naquela noite.
Educadamente? lá vamos nós. Aletéia foi até o cabeludo para lhe dizer (mentir) que o filme havia chegado: dois amigos haviam trazido a fita, um deles a devolveu e o outro a pegou em seguida (eu odiava quando isso acontecia comigo, passei várias noites tentando pegar "uma cilada para Roger Rabbit", quando meu pai comprou nosso primeiro video, e vez ou outra, alguém fazia esse tipo de coisa).
O cabeludo a viu chegando e abriu um sorriso do tipo "oh, ela veio me ver cantar". Ela lhe contou sobre o filme, ele ficou meio chateado mas não se levantou do chão.
- Ahhhh! ele não vai embora! ela disse, o que vamos fazer? Espera! vou levá-lo até o andar de cima, vou seduzí-lo, vou baixar as calças dele, colocá-lo de quatro no chão e enfiar aquele violão no... aí ele vai ter que ensinar dedilhado pras hemorróidas.
Engraçado, isso também havia me passado pela cabeça, mas o final era um tanto diferente.
Eu disse pra Téia que a gente tinha que aguentar mais um pouco, a locadora ia fechar em meia hora e algumas pessoas já estavam indo embora. Então, aconteceu.
O cabeludo do Hawaii começou a cantar "era um garoto que como eu blá blá blá".
Téia pegou uma moeda.
- Cara: canivete, coroa: violão no rabo.
Antes que ela jogasse a moeda para cima eu disse que, talvez, tivesse um plano, mas deveria pensar antes nas consequências. Ela me obrigou a pensar mais rápido. Havia pouca gente na locadora agora, o patrão só ia dar as caras no dia seguinte, no fim da tarde como de costume. Acho que teríamos tempo.
Eu disse pra Téia subir as escadas, pegar o balde, encher de água e jogar na cabeça do cabeludo. Água, seria fácil limpar o chão no dia seguinte, desde que não escorresse para debaixo das estantes dos filmes. Ela topou.
Mas ela demorou um bocado de tempo para voltar. O cabeludo do Hawaii já estava cantando outra música irritante. Téia apareceu, ficou atrás do cabeludo e virou o balde em sua cabeça. Ela se colocou na frente dele e disse:
- Você é um péssimo músico, eu devia pedir pro meu namorado quebrar todos os seus dedos.
Ela fez um fóquiu em cada mão e voltou pro balcão.
Ah, o namorado machão e imaginário da Aletéia ataca novamente.
Era difícil acreditar que, algum dia, ela arrumaria um namorado de verdade, ela metia medo nos garotos com aquela cara de "namorado? acabei de matar o último".
O cabeludo do Hawaii começou a cantar "era um garoto que como eu blá blá blá".
Téia pegou uma moeda.
- Cara: canivete, coroa: violão no rabo.
Antes que ela jogasse a moeda para cima eu disse que, talvez, tivesse um plano, mas deveria pensar antes nas consequências. Ela me obrigou a pensar mais rápido. Havia pouca gente na locadora agora, o patrão só ia dar as caras no dia seguinte, no fim da tarde como de costume. Acho que teríamos tempo.
Eu disse pra Téia subir as escadas, pegar o balde, encher de água e jogar na cabeça do cabeludo. Água, seria fácil limpar o chão no dia seguinte, desde que não escorresse para debaixo das estantes dos filmes. Ela topou.
Mas ela demorou um bocado de tempo para voltar. O cabeludo do Hawaii já estava cantando outra música irritante. Téia apareceu, ficou atrás do cabeludo e virou o balde em sua cabeça. Ela se colocou na frente dele e disse:
- Você é um péssimo músico, eu devia pedir pro meu namorado quebrar todos os seus dedos.
Ela fez um fóquiu em cada mão e voltou pro balcão.
Ah, o namorado machão e imaginário da Aletéia ataca novamente.
Era difícil acreditar que, algum dia, ela arrumaria um namorado de verdade, ela metia medo nos garotos com aquela cara de "namorado? acabei de matar o último".
O cabeludo do Hawaii se levantou em silêncio, parecia estar com o coração partido, e foi embora. Téia deixou de trabalhar na locadora meses depois, mesmo assim, ele nunca mais voltou.
Ela havia prometido que ia limpar a sujeira no dia seguinte, antes que a gente levantasse as portas. Perguntei pra ela por que havia demorado tanto com o balde e trazido uma quantidade tão pequena de água no fim das contas.
- Ah, eu estava mijando...
A única menina que já conheci na vida que nunca usava a expressão "fazer xixi".
- ... no balde. Depois coloquei um pouco de água e misturei.
Era verdade, notei o cheiro logo em seguida.
Ela havia prometido que ia limpar a sujeira no dia seguinte, antes que a gente levantasse as portas. Perguntei pra ela por que havia demorado tanto com o balde e trazido uma quantidade tão pequena de água no fim das contas.
- Ah, eu estava mijando...
A única menina que já conheci na vida que nunca usava a expressão "fazer xixi".
- ... no balde. Depois coloquei um pouco de água e misturei.
Era verdade, notei o cheiro logo em seguida.
Na manhã seguinte, encontrei a Juliana na calçada, a gente ia abrir a locadora, nem sinal da Aletéia. A ficha caiu. Ela disse que ia limpar a sujeira do chão e nós acreditamos nela. Aletéia? limpando algo? Conhecendo os horários do chefe, ela só apareceu no fim da tarde, minutos antes dele. Eu e a Ju tivemos que limpar tudo pela manhã, tentando disfarçar, de algum modo, o cheiro que ficou. Para Juliana aquilo foi a última gota, ela pediu demissão na semana seguinte. Logo, Aletéia daria as boas vindas à um novo funcionário, traumatizando o rapaz, possivelmente, pelo resto da vida.
Cabelos longos
ResponderExcluirNão usa mais
Nem toca a sua
Guitarra e sim
Um instrumento
Que sempre dá
A mesma nota
Ra-tá-tá-tá...
senti do do cara. Primeira vez que fiquei afim de partir a cara da Aleteia.
ResponderExcluirEu ja fiquei plantando em locadora e sei que era sofrido, poxa o filme tava la, custava entregar a ele?
Queria uam namorada assim. Muito Doida da Cabeça!!!!
ResponderExcluirQuem voçê acha que poderia interpretar a sua amiguinha?rsrsr..
ResponderExcluirA cada história sou mais fã ainda da Téia.
ResponderExcluirNossa, ela é muito má... Credo! Pobre rapaz, fiquei com pena.
ResponderExcluirTenho uma amiga que... Bem, ela tinha raiva de uma menina na escola. Para se vingar, ela foi mijando numa garrafa de água. No dia que a menina foi encher o saco dela, ela tirou a garrafa da mochila e jogou na menina. O ônibus ficou fedendo por umas três semanas.
ResponderExcluirÉ. Eu entendo a Ateléia... Haha!
Vih