19.3.11

CÓPIA FIEL

Cuidado, típico filme europeu (lembra um pouco os europeus clássicos), Juliette Binoche não é um robô mutante alienígena do futuro, não há fortes emoções, o filme é extremamente calmo, nada acontece, nada mesmo, passa a desconfortável sensação de que o filme está se arrastando, seus 106 minutos parecem se transformar em 3 horas. É melhor você esperar pelo dvd, veja o filme em casa, mude de posição no sofá, dê uma pausa para visitar a geladeira. Mas é um filme aclamado pela critica, certo? Então o que é que se salva? As locações, a fotografia, os atores estão ok, mas o filme não segue um caminho definido, como e quando isso vai acabar? Bem, o final também pode te incomodar um pouco. O filme quer passar uma mensagem, ela está lá, mas captar a coisa pode ser complicado, uma vez que a trama é muito mal conduzida (o diretor escreveu o roteiro, nem sempre isso dá certo). Personagens criam personagens e todos nós ficamos perdidos, o quê está havendo? Até que ponto chegará essa brincadeira? Não saber o que se passa pela cabeça dos personagens causa uma certa frustração.


JULIETTE, FANTASIADA DE ESPOSA

"Cópia fiel" é o nome do mais novo livro do escritor James Miller, sobre cópias no mundo da arte. James divulga seu livro numa pequena cidade na Toscana, lá ele conhece Elle (Binoche). Os dois saem para dar um passeio, uma mulher conversa com Elle num bar achando que James é seu marido, Elle não a corrige, ela gostou da brincadeira. Ela e James começam a atuar um para o outro, eles agora são um casal em crise, depois de 15 anos de casamento. James e Elle mergulham de cabeça nesses papéis, há brigas e choros, ela cria um drama atrás do outro até que James fica emocionalmente perdido nesse jogo. Sim, é quase um "quem tem medo de Virgínia Woolf?". No Brasil o filme pode não encontrar seu público, muita gente se levantou da poltrona, no final da sessão, pronunciando a palavra "chato" por entre os dentes.

6 comentários:

  1. FICHA TÉCNICA

    TITULO ORIGINAL: copie conforme
    ANO: 2010
    PAÍS: frança, itália, irã
    DURAÇÃO: 106 min
    DIRETOR: Abbas Kiarostami
    ELENCO: Juliette Binoche e William Shimell
    DATA DE ESTREIA NO BRASIL: 18 de março

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  2. Engraçado como o cinema americano acostumou o público comum apenas com um tipo de filme com começo meio e fim. Tudo o mais convencional possível. Daí aparece um certo filme que transgride essa "regra" e as pessoas acham ruim.
    Imagina ver outro filme menos convencional do Abbas Kiarostami...

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  3. Eu adoro os filmes da Juliette em que cinema você assistiu?

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  4. oi anderson

    em minha coleção tenho filmes de 17 países diferentes,para mim não existe regra alguma, e eu amo os europeus, copia fiel parece ter saído dos anos 1970,o que é ótimo, mas está realmente muito mal dirigido e montado

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  5. oi marcelo

    ainda estou em fortaleza, vi o filme no "dragão do mar"

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  6. Concordo com a opnião do Anderson e em parte com sua crítica Alessando o filme me deu um pouco de sono(assisti no Reserva Cultural na Paulista através de uma promoção do site onde assisti por R$ 2,00) mas depois achei lindo discutir a relação num cenário como aquele alías a gente podia combinar e discutir o filme numa viagem pela Toscana, achei um charme o ator que contracena com Juliette e as cenas dela com filho são bem feitas

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