O DISCURSO DO REI

Olha só, outro filme brilhante na lista dos indicados ao Oscar deste ano. Depois de ver filmes como "bravura indômita" (10 indicações), "Cisne negro" (5 indicações), "minhas mães e meu pai" (4 indicações) e "O DISCURSO DO REI" (12 indicações), a gente pergunta: o que é que "a rede social" (8 indicações) tem de tão especial? Talvez leve alguns prêmios técnicos para casa, mas não tem cheiro de "melhor filme". Já O DISCURSO DO REI traz ótimas atuações, Colin Firth já está com a estatueta no bolso. Desculpe Javier, mas a academia adora sotaques, malucos, retardados, gays... O personagem de Firth é gago e está sofrendo por conta disso, ele tem ataques de ira e crises de choro por não conseguir se comunicar normalmente. Geoffrey Rush é o cara que vai tentar ajudar sua majestade e Helena Bonham Carter é a esposa que acredita no sucesso do marido (dobradinha Harry Potter, Timothy Spall também faz parte do elenco).

PIRATARIA NAS ONDAS DO RÁDIO,
HAVIA ALGUMA COISA ERRADA COM O REI.

George é o filho mais velho do rei da Inglaterra, mas é seu irmão Edward (Guy Pearce) quem vai se tornar rei após a morte do pai. George e sua esposa Elizabeth (Carter) são os pais da atual rainha Elizabeth, que se comoveu ao ver um filme sobre seu pai. George tem sérios problemas na hora de ler qualquer discurso e fica completamente envergonhado. Sua esposa encontra um homem que pode ajudar seu marido, embora não seja um doutor de verdade, Lionel (Rush) faz uso de técnicas estranhas que realmente funcionam. George e Lionel desenvolvem uma amizade que vai além do relacionamento médico-paciente. O tempo passa e, às vésperas da segunda guerra mundial, Edward abandona o trono e George se vê em apuros. Ele precisa fazer o discurso da coroação e também a declaração de guerra pelo rádio. O filme é bem tranquilo, lembra um pouco "a rainha" de Helen Mirren, mas deixa a política totalmente de lado. Nada de bombardeio nazista, nada de decisões bélicas, o filme todo gira ao redor do bendito discurso que George precisa fazer ao vivo, ainda assim é o maior sufoco. É algo do tipo "a vida privada dos poderosos", então, como eu disse, a política fica de fora.