A gente tava subindo a rua, a caminho do ponto de ônibus, vontade de pegar na mão dele mas NÃÃÃÃÃO, é um heteromundo preconceituoso esse o qual vivemos. No meio do caminho havia uma pedra, e havia também a Aletéia, prima do meu namorado, ela pegava a pedra no chão e a jogava numa caixa de correio, fazia um amasso e jogava de novo, estava fazendo um baita estrago. Parou de vandalizar a caixa quando viu que havia se tornado impossível para o carteiro abrí-la com sua chave, aí ela se virou para nós:
- Onde vocês estão indo?
- Vamos ao cinema.
- Ah, vou junto.
Ela nem quis saber o nome do filme, entramos no ônibus com meio mundo olhando para ela, para você ter uma ideia pegue a moça da foto acima e acrescente 9 brincos em uma das orelhas. Ela gosta de chamar a atenção dos outros e quando olham para ela, ela dá um sorriso.
Entramos no cinema dando pulinhos, nós estávamos doidos para ver o filme do jogo "mortal kombat", afinal a gente amava o jogo (e eu ainda amo), o filme tinha tudo para ser legal.
Téia estava com seu "chiclete 5 horas", o sabor já se foi há muito tempo mas ficar mascando de boca aberta faz parte do figurino, fazer bolas também, as menores eram as mais barulhentas. Ela olhava para tudo ao redor, menos para a tela. Foi ao banheiro, peguei na mão do meu namorado, ela voltou, eu soltei. Ela começou a nos contar a respeito de um filme que ela viu e adorou:
-Era aquele viadinho do filme "esqueceram de mim", ele tenta matar o primo e um monte de gente, ele pega um boneco e o joga de um viaduto e provoca um acidente lá em baixo entre os carros ahahahaha. A gente tem que fazer isso um dia desses, sabe aqueles bonecos de Judas que as pessoas detonam? quando a gente ver um pivete com um desses bonecos a gente dá porrada nele e pega o boneco e aí vamo jogá ele do viaduto e ver o que acontece.
Ela falava alto o suficiente para chamar muita atenção dentro do cinema. Três fileiras de poltronas à nossa frente estava uma senhora que olhava para nós quase que o tempo todo, bem, apenas quando a Téia abria a boca, ok, o tempo todo. Ela não estava feliz. Téia gosta de chamar a atenção mas gosta mais ainda de garantir que os outros não a interpretem mal. Ela se curvou, deitou o queixo na poltrona da frente e quando a mulher olhou para nós mais uma vez, Téia usou sua voz mais doce:
- Eu não sou uma prostituta viu tia?
A mulher arregalou os olhos.
- Eu tô acompanhada por dois meninos mas não tô levando ferro tá?
A mulher não se virou mais.
- Que cretina, disse ela para nós, velha caraceta!
Vocabulário da Aletéia:
CARA-CETA: "cara" de caramujo + "ceta" de... hã, vagina.
Substantivo feminino: mulher que, na cama, faz o papel da concha do caramujo onde o marido idoso enfia a lesma mole.
Depois de algumas cenas de luta, ao som de um tecno bem legal, ela passou a se interessar pelo filme e ficou quieta, quase isso, deu algumas risadas bem altas. Quando alguém fazia SHHHH para ela, ela pegava um punhado da minha pipoca e jogava no cidadão. Eu podia jurar que iam expulsar a gente dali, mas ficamos lá dentro até o final do filme, na saída ela lançou alguns olhares irados para as pessoas e ninguém se aproximou de nós. A partir de então começamos a ir ao cinema meio que escondidos dela, mas um dia ela nos encontrou lá dentro, uma história para outra postagem.
- Onde vocês estão indo?
- Vamos ao cinema.
- Ah, vou junto.
Ela nem quis saber o nome do filme, entramos no ônibus com meio mundo olhando para ela, para você ter uma ideia pegue a moça da foto acima e acrescente 9 brincos em uma das orelhas. Ela gosta de chamar a atenção dos outros e quando olham para ela, ela dá um sorriso.
Entramos no cinema dando pulinhos, nós estávamos doidos para ver o filme do jogo "mortal kombat", afinal a gente amava o jogo (e eu ainda amo), o filme tinha tudo para ser legal.
Téia estava com seu "chiclete 5 horas", o sabor já se foi há muito tempo mas ficar mascando de boca aberta faz parte do figurino, fazer bolas também, as menores eram as mais barulhentas. Ela olhava para tudo ao redor, menos para a tela. Foi ao banheiro, peguei na mão do meu namorado, ela voltou, eu soltei. Ela começou a nos contar a respeito de um filme que ela viu e adorou:
-Era aquele viadinho do filme "esqueceram de mim", ele tenta matar o primo e um monte de gente, ele pega um boneco e o joga de um viaduto e provoca um acidente lá em baixo entre os carros ahahahaha. A gente tem que fazer isso um dia desses, sabe aqueles bonecos de Judas que as pessoas detonam? quando a gente ver um pivete com um desses bonecos a gente dá porrada nele e pega o boneco e aí vamo jogá ele do viaduto e ver o que acontece.
Ela falava alto o suficiente para chamar muita atenção dentro do cinema. Três fileiras de poltronas à nossa frente estava uma senhora que olhava para nós quase que o tempo todo, bem, apenas quando a Téia abria a boca, ok, o tempo todo. Ela não estava feliz. Téia gosta de chamar a atenção mas gosta mais ainda de garantir que os outros não a interpretem mal. Ela se curvou, deitou o queixo na poltrona da frente e quando a mulher olhou para nós mais uma vez, Téia usou sua voz mais doce:
- Eu não sou uma prostituta viu tia?
A mulher arregalou os olhos.
- Eu tô acompanhada por dois meninos mas não tô levando ferro tá?
A mulher não se virou mais.
- Que cretina, disse ela para nós, velha caraceta!
Vocabulário da Aletéia:
CARA-CETA: "cara" de caramujo + "ceta" de... hã, vagina.
Substantivo feminino: mulher que, na cama, faz o papel da concha do caramujo onde o marido idoso enfia a lesma mole.
Depois de algumas cenas de luta, ao som de um tecno bem legal, ela passou a se interessar pelo filme e ficou quieta, quase isso, deu algumas risadas bem altas. Quando alguém fazia SHHHH para ela, ela pegava um punhado da minha pipoca e jogava no cidadão. Eu podia jurar que iam expulsar a gente dali, mas ficamos lá dentro até o final do filme, na saída ela lançou alguns olhares irados para as pessoas e ninguém se aproximou de nós. A partir de então começamos a ir ao cinema meio que escondidos dela, mas um dia ela nos encontrou lá dentro, uma história para outra postagem.
A MÃO QUE BALANÇA O BERÇO
ResponderExcluirEsse lance de pegar na mão se tornou complicado,
atualmente entro no cinema com as duas mãos ocupadas, pipoca + refri,
mas adoraria andar pelas ruas de mãos dadas com alguém.
Putz, que saco, hein? E qual o problema de vc andar de mão dada com seu namorado? Eu sou totalmente a favor das pessoas serem felizes com quem querem, mesmo que seja algo não aceito para a sociedade. Desencana, vive sua vida. Vc só tem uma. Ah, e essa prima dele não se enxerga? Atrapalha e ainda acha que é melhor que os outros ou q está por cima? Sei lá, não entendo gente assim. Bjão
ResponderExcluirdeixa a sociedade pensar o que quiser, vc é livre, paga seus impostos, ande de maos dadas com quem vc bem entender!!
ResponderExcluirbju
Nossa!!!
ResponderExcluirEu AMO A ALETEIA!!!!
Queria muito conhece-la pessoalmente!!!
Vixe. O seu ex namorado é primo da Aletéia? Você não havia nos contado, antes.
ResponderExcluirEu também achei que a Téia já sabia que você era gay, Sky.