14.2.15

A OVELHA NEGRA CINEMATOGRÁFICA


E aí, minha irmã convidou minha mãe para ir ao cinema, ela tava querendo levar meu sobrinho para ver o Bob Esponja. Mais tarde, eu descubro que, em matéria de cinema, ela é aquele tipo de pessoa que eu odeio.
Isso começou na fila. Uma mulher estava na bilheteria, comprando ingressos para alguém pelo celular. Ela dizia: tem esse filme e esse filme, e esses horários e esses. A pessoa no telefone demorava para se decidir e a fila não andava. Ao invés de dar uma bronca na mulher do celular, minha irmã resolveu voltar sua raiva na direção da moça que estava no caixa.
- Só tem você atendendo aqui? Meu filme começa daqui a pouco, estou na fila há dez minutos, que absurdo. Exijo respeito.
Eu não gosto de pessoas que são incompetentes no trabalho, mas aquela moça no guichê não tinha culpa alguma. A mulher com o celular continuava ali, dizendo o nome dos filmes e seus respectivos horários. Ela deixou a fila sem comprar nada, depois de ficar vários minutos parada na frente do caixa. A raiva da minha irmã ainda tinha como alvo a moça da bilheteria. E ela conseguiu fazer a mocinha cair no choro de tanto nervoso. 
Eu havia dito pra minha mãe que isso seria uma péssima ideia, meu sobrinho é novo demais. E não deu outra. Dentro do cinema, ele não quis saber do filme e fez a maior bagunça incomodando todo mundo. Voltou pra casa com alguns arranhões no joelho, não sei como isso aconteceu.
Esse é o lado ruim da coisa quando você se torna um adulto, você não pode mais bater na chata da sua irmã.

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