22.11.11

ADRIANO E A PROPOSTA INDECENTE

Quando a Vanessa olhou para mim, abaixei as orelhas. Era como o Drico havia dito, ele perguntou a ela se eu podia ficar por ali e ela disse que "sim", desde que a gente não ficasse se agarrando na frente dos outros.
Com o passar dos dias notei que a) Vanessa não era nenhum monstro, era uma boa chefe. Mas por que o Drico dizia coisas feias sobre ela?
Porque b) ele era um péssimo funcionário.
Tudo bem, ele sabia indicar muitos filmes, batia longos papos com as pessoas, era gentil e tal (Aletéia o mataria), mas quase não tirava sua bunda sexy da cadeira. Não pegava numa vassoura ou num espanador. Acho que, se eu não estivesse presente, ele aproveitaria os momentos mais calmos no meio da tarde para dormir ali mesmo. Pouca gente aparecia para alugar ou devolver filmes numa tarde de segunda. Era bem calmo, e por conta disso ele nem se mexia.
Ficava lendo poesias ou fazendo cruzadas. Eu estava sem nada para fazer e aquele jeito largadão dele estava me irritando. Se eu fosse a Vanessa o colocaria na rua, mas ela não conhecia o verdadeiro Adriano. Sabe quando a gente tem um certo comportamento quando o patrão está presente e outro bem diferente quando ele está ausente?
Resolvi fazer o trabalho dele e fui guardar alguns filmes, também arrumei o lugar. Alinhando as fitas e as estantes, dando um jeito em posters que estavam tortos e tirando o pó enquanto ele pegava um chocolatinho no balcão.
Vanessa não estava em sua sala, mas havia uma câmera ali no alto.
- Olha... pela câmera sua chefe pode ver você pegando esse chocolate...
- Que nada, aquilo não funciona, é só para intimidar assaltantes. Hum, acabei de ter uma ideia, sabe o que eu sempre quis fazer aqui dentro? sexo!
- Ficou maluco? e se entrar alguém?
- Não precisamos tirar toda a roupa e rolar pelo chão. Se alguém aparecer a gente se separa rapidinho.
Depois de pensar um pouco, acabei topando. Começamos com um beijo. Me lembrei da Ana Lu nesse momento. Não imaginava que ela iria aparecer na cidade de SP, na Vila Mariana, naquela locadora, naquele exato momento. Mas alguém apareceu.
Nos separamos rapidamente mas o cara viu o suficiente. Ficou na loja por uns minutinhos e foi embora (acho que nunca mais voltou...). Fica para outra vez.
E a outra vez aconteceu na semana seguinte. A gente tava visitando um casal de lésbicas, amigas do Drico, e havia uma piscina ali. Dentro da água, foi a minha vez de ficar a fim de fazer sexo em um lugar público.

Continua em COMO MICKEY ROURKE E KIM BASINGER (você sabe o nome do filme).

5 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

Olha só, o Drico costumava passar pelo blog.
Então vou evitar os detalhes picantes na próxima postagem.

Anônimo disse...

Logo os detalhes picantes? Assim não vale!

T.

Juan Pablo disse...

Não!!!!
O detalhes picantes são os melhores!!!
Fiquei até "emocionado"!

Anselmo disse...

Espera um pouco, Alê é ruim e Drico é bom?!?!?!?

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

hey

eu não inventei o Drico, já estava lá quando cheguei