16.1.11

AS VIAGENS DE GULLIVER

Imagine pegar um filme como "e o vento levou", picotá-lo em pedaços e juntar tudo novamente num espaço de 40 minutos. AS VIAGENS DE GULLIVER é um filme incrivelmente mal editado, nunca vi algo assim antes. Num minuto Jack Black está em niuiorqui, no outro já está em Lilliput, na presença do rei. O filme não passa aquela sensação de "estamos com pressa, vamos acabar logo com isso", é pior, é algo como "a agulha está pulando no disco". É quase como ir da cena "em algum lugar acima do arco-íris" até a cena "a bruxa morreu" em menos de 1 minuto, o tornado é apenas um detalhe de 3 segundos (algo bem próximo a esse exemplo pode ser visto no final deste filme), você sente que algo está faltando apesar de estar conseguindo acompanhar a trama. Fora a péssima edição o filme apresenta alguns efeitos digitais legais, outros são bem fracos.


EPA, GULLIVER OU MOBY DICK?

Raramente a gente vê uma versão cinematográfica ou televisiva do livro de Jonathan Swift que vai além da viagem de Gulliver à terra de Lilliput, neste filme Jack Black também visita Brobdingnag, a terra dos gigantes, mas por poucos minutos. As demais viagens do livro ficaram de fora do filme. Gulliver (Jack Black) é o boy do correio numa editora há dez anos, seu assistente, recém contratado, se tornou seu chefe em 24 horas. Após contar umas mentirinhas para sua paixão secreta, a jornalista Darcy, ela o manda até o triângulo das Bermudas para fazer uma matéria sobre o local. Aí o cara encontra um vortex aquático e vai parar na ilha de Lilliput, onde é facilmente subjugado pelos pequenos habitantes de um reino que parece a velha Inglaterra, mas com uma certa dose de tecnologia moderna (sem maiores explicações uma guitarra de playstation aparece na mão de um lilliputiano). Depois de salvar o pessoal do ataque de um país estrangeiro ele se torna o protetor de Lilliput. Os pequenos lilliputianos até constroem uma casa em tamanho natural para ele (ah faça-me o favor) enquanto ele ajuda um cara simples a conquistar o coração da princesa Emily Blunt. Gulliver faz Lilliput avançar até o século XX. O melhor momento do filme é quando ele apresenta star wars e Titanic aos lilliputianos em forma de teatro, mas o restante é sofrível. Nenhuma boa piada que vale a pena mencionar. O filme está disponível em cópias 3D e nem mesmo a cópia 2D vale o ingresso. Se você quer se arriscar (ou não tem nada melhor para fazer) tente ao menos encontrar Mark Wahlberg no filme, uma cena bem legal.

4 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

FICHA TÉCNICA

TITULO ORIGINAL: Gulliver's travels
ANO: 2010
PAÍS: eua
DURAÇÃO: 85 min
DIRETOR: Rob Letterman (o espanta tubarões, monstros vs alienígenas)
ELENCO: Jack Black, Jason Segel e Emily Blunt
DATA DE ESTREIA NO BRASIL: 14 de janeiro

Alan Raspante disse...

Não encaro mais nem a pau! rs

Ztav disse...

Caralho, Sky.
Dez tomates é tenso, hein?

Marcelo Doni disse...

Eu gosto do desenho além do gulliver bonito era um charme a pequena Flitácia, uma loirinha mignon, quem sabe no futuro façam um filme baseado neste desenho