A MOSCA DA CABEÇA BRANCA

Na eterna luta entre filmes originais e seus remakes, há alguns casos em que você nota um certo empate técnico. A MOSCA DA CABEÇA BRANCA (1958) é um filme tão atraente quanto seu remake de 1986 (a mosca) com Jeff Goldblum e Geena Davis. O remake tem ficção e terror, o original tem um pouco dos dois mas quem reina é o drama, filhote de uma época em que filmes de terror traziam finais perturbadores (embora os Simpsons tenham feito uma sátira bem legal do filme onde Bart atropela o famoso final e dá risada).

CASAMENTO EM CRISE, HÉLÈNE NÃO BEIJA MAIS O MARIDO

Vincent Price (no papel de um humano) atende o telefone e sua cunhada Hélène lhe diz que acabou de matar seu irmão André. Ela não quer dar maiores explicações a ninguém mas decide contar sua história mais tarde. Hélène e André são um jovem casal apaixonado, apesar de André passar tempo demais em seu laboratório e dar pouca atenção para sua esposa e filho por vários dias seguidos. Afinal ele está dando os retoques finais em sua máquina de teletransporte. Quando revela a invenção a Hélène ela o faz prometer que não usará cobaias vivas no experimento. Aí é claro que o próprio André resolve testar sua própria invenção em si próprio. Mas ele não viu a mosca que entrou na máquina ao seu lado. Na cabine de chegada vemos dois seres novos, um homem com uma cabeça, e uma pata, de mosca, e uma mosca com a cabeça, e um braço, de gente. Para reverter o processo só mesmo encontrando a tal da mosca com a cabeça branca que fugiu do local. O drama da família é palpável, Hélène faz de tudo para ajudar o marido e poupar o filho da tragédia. A moral da história é uma só, coisas ruins acontecem com gente boa sem motivo aparente. E tem aquele final, argh, aquele final...