25.7.09

ESQUEÇA ELIZABETH, É CHINATOWN!

Acabo de ver A MEGERA DOMADA e novamente me veio aquela sensação ruim no estômago após o final do filme, resolvi espantar meus demônios no blog antes de ir para a cama, talvez me sinta melhor assim. É só que é difícil para mim não me revoltar com esse tipo de coisa sabe? mulheres que são verdadeiros sacos de pancadas de maridos abusados. Tudo bem, longe de mim criticar Shakespeare, sei que na Itália medieval a vida das mulheres não era nenhum paraíso mesmo, mas até em filmes cuja história se passa nos dias de hoje eu vejo mulheres que não sabem reagir a maridos, namorados e pais cafajestes, no lugar de Elizabeth Taylor eu tentaria matar o nojento de seu marido de alguma forma. Mas meu problema não é apenas com mulheres submissas não. Acho que o problema são os finais nada felizes de alguns filmes, Ora a grande maioria dos filmes terminam com finais felizes, será que nós não estamos apenas mal acostumados? afinal, finais felizes são raros na vida real, e o cinema acaba por nos dever sempre um final assim, pois nos dá uma sensação de satisfação após o término, mas quando os bandidos vencem e não há mais nada que se possa fazer; a gente fica como Jack Nicholson no final de Chinatown, outro filme cujo final me deixa nervoso. Afinal de contas esses personagens do cinema são nossos heróis não? a gente torce por eles e não queremos ver um final onde a justiça não foi feita. De novo, será que estamos apenas mal acostumados com o excesso de finais felizes nos filmes?

4 comentários:

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

justiça?
hunf
matar o vilão não acaba por transformar o herói em vilão também?
muitos filmes não levam isso em consideração

Bira disse...

Oi, amigo!
COmo não pdoeria deixar de ser, já adicionei o link do teu blog ao meu. Acabei de criá-lo e em breve estarei escrevendo coisas interessantes...
Abração!

ALESSANDRO SKYWALKER disse...

oi bira
já vi que você já começou seu blog escrevendo uma coisa bem interessante, vou ficar de olho
abç

Carlos Saraiva disse...

Alessandro, nesse ponto as antigas peças teatrais, lááá´na Grécia eram divididas por gênero: a comédia,normalmente uma sátira de costumes tinham um final inusitado.O drama tinha um final digamos,justo,nem sempre feliz.A tragédia era tragédia,mesmo, normalmente morria todo mundo ou viviam infelizes para sempre.O "final feliz" só apareceu no séc. XVIII, com o Romantismo, e o cinema, que no início era puro entretenimento,e extremamente moralista, seguiu tendo finais "felizes e justos".Talvez como uma forma de manter a esperança, numa realidade em que normalmente os bandidos vencem.